domingo, 16 de outubro de 2016

Algo Que Rima com Ás.

Num amontoado de ligações que faço entre todas referências
Percebo um emaranhado de laços fracos que resultam em divergências
Tento não ser verborrágico demais para contar a minha história
Não enrolar para botar tudo pra fora
Tudo mudou demais.

Peço um pouco mais que um prato raso pra comer
Que uma novela gráfica alternativa pra me entreter
Dos livros que li mais houve imagens que texto corrido
Dos discos que ouvi, houveram mais mensagens
Mais verdades do que jamais antes havia ouvido
Tudo mudou demais.

Vejo conceitos passados dos quais já tinha discorrido
Vendo que sou capaz de não tomar nenhum partido
Num infinito mar de dualidades e incompreensões
Com apenas um Pai pra me situar entre essas indagações
Cabe a mim parar pra ver, abaixar os punhos e entender
Não há ouro que pague a paz, a graça e a comunhão.
Não há  diamante que pague, Teu amor e salvação.
Tudo mudou demais.

O turbilhão se dissipou, o que havia embaralhado se desatou
Como um laço que foi puxado pela Sua mão.
E como um barco navegando, rumo a um novo lar me esperando.
Louco pra lançar ancora num porto mais seguro do que os outros
De outros mares em outros lugares, dos quais não posso estar
São costeiras sem cais.
Pensando bem, que bom que tudo mudou demais.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O Ser

Eu olho sempre atento
Tendo de ser isento
Do meu modo de ser
Nítido saber que ser
É ter que escolher
Como ter que agir
Plantar para colher
Haver de existir
Cumprir seu dever
Ter que existir
Manifestar o ser
Num mundo onde o que se vê
É em vez do ser, somente o ter.
Enquanto houver assim
Pessoas com esse pensar
Dizendo que bem-estar
É ter e somente ter
Sendo que ser é mais importante
Não há nada mais emocionante
Do que ser seu melhor "você"
- Marcus Marinho

domingo, 7 de setembro de 2014

[Mono]tono

Ninguém mais pudera ver o que faltou
Hoje na verdade o sol não arde mais
Pois trancado em casa o sol não encosta em meu rosto , não
Sei que se assim fora permanecer
Sentirei mais capaz de recomeçar do nada
Pensando no que o poeta falou
As rimas nunca são desnecessárias demais
Pois voltado para as brechas da porta assisto a luz do Sol aparecer.

Longe do mundo e longe de mim, não posso me aproximar do sol pois seria o fim
Como Fazer algo em prol, daquilo que parecia ser mais um desperdício.
Sair pra caminhar, Deixar o sol queimar, fazer do passeio na tarde um vício.

Voltar somente depois do anoitecer
Tentar tocar nas estrelas que consigo ver
Meio que sem perceber
Que é triste não alcança-las

- Marcus Marinho